Coleta de amostras para análise de nematóides

Abaixo apresentamos técnicas para coleta das amostras, siga as orientações de cada cultura ou utilize o método SAQUINHOS para períodos de seca.

Cana-de-Açúcar

1. Instrumentos e materiais necessários: 01 enxadão, 01 balde, 01 pedaço de lona ou plástico, tesoura ou faca.

2. Escolher a touceira, ao acaso, independentemente do tamanho ou número de perfilhos, em canaviais com idade entre 4,0 a8,0 meses após o penúltimo corte.

3. Cortar os colmos, deixando uma parte de mais ou menos 30 cm para facilitar o arranquio da touceira.

4. Com um enxadão, rodear completamente a touceira, até a profundidade de 25 cm, de modo a conseguir a maior quantidade de raízes possível.

5. Arrancar a touceira e retirar a terra aderente, batendo a touceira em cima da lona ou do plástico.

6. Com o auxílio da tesoura ou faca, cortar as raízes vivas, e colocá-las no balde.

7. Pegar uma quantidade de solo, equivalente a uma mão cheia, da terra depositada na lona ou plástico, e colocar no mesmo balde em que estão as raízes.

8. Repetir a mesma operação 09 vezes, de modo a completar 10 subamostras por talhão de aproximadamente 10 a 15 ha. Logo, deve-se coletar 01 amostra composta por talhão.

9. Retirar as raízes do balde (no mínimo 100 g), e colocar numa embalagem de plástico (saco plástico). Identificar a amostra com um número, colocando uma etiqueta no saco plástico. Misturar o solo contido no balde e tomar 0,5 L (meio litro) de solo, colocando-o juntamente com as raízes (neste saco plástico). Importante: as raízes devem ser bem misturadas ao solo. Raízes da cultura presente na área a ser analisada deverão, sempre, ser enviadas para que sejam identificados os nematóides endoparasitos.

10. As amostras de raízes, misturadas às de solo, serão acondicionadas em sacos plásticos resistentes, bem fechados e identificadas com um número em uma etiqueta colada à embalagem.

11. Preencher os dados da ficha de campo(site), e enviar a amostra para o Laboratório de Nematologia ANNA, com a maior brevidade possível. Caso não seja possível, as amostras podem ser armazenadas na parte de baixo de uma geladeira comum (lugar onde se colocam legumes e frutas), ou em sala com ar condicionado ligado, por um período máximo de 04 dias. As amostras podem ser enviadas via Transportadora ou pelo Correio (Via Sedex somente).

Quantidade de raízes e solo a serem enviados ao laboratório
 
Amostra a ser enviada ao laboratório

 

Uma das maneiras de controlar nematoides em cana-de-açúcar consiste no emprego de nematicidas, executado por meio da aplicação de defensivo agrícola no sulco de plantio, no momento da cobrição.

As recomendações do controle químico levam em consideração o nível populacional dos nematoides presentes na área, identificados e contados de acordo com a espécie a que pertencem. Esses níveis populacionais de controle são obtidos por meio de amostragens realizadas nas áreas de reforma, antes do penúltimo corte, quando a cana estiver entre 4,0 a 6,0 meses de idade. Entretanto, em áreas de expansão, esta metodologia não poderá ser utilizada, a não ser, que esta expansão seja feita onde já existe implantada lavoura de cana-de-açúcar.

Em áreas de expansão, sem a presença de cana-de-açúcar, dois métodos de levantamento podem ser efetuados com o objetivo de definir os níveis populacionais de nematoides e, consequentemente, recomendar as medidas de controle.

A metodologia mais aconselhada consiste no enterrio de toletes de cana e posterior avaliação desses toletes e respectivas raízes. De um modo geral, efetua-se esse enterrio em 10 a 15 pontos por talhão de aproximadamente 15 a 20 hectares, ou seja, aproximadamente 1 a 2 pontos por hectare.

No momento da avaliação, aos 60 dias após o enterrio, os toletes são retirados e suas raízes cortadas e enviadas para análise. Desse modo, examina-se 1 amostra composta por talhão: amostra resultante do agrupamento das 10 a 15 subamostras. Junto com a amostra de raiz é enviada uma quantidade aproximada de 500 gramas de solo, coletado próximo dessas raízes.

Cada ponto de amostragem é representado por um sulco de 1 metro de comprimento, com uma profundidade de 15 a 25 cm, ou seja, a mesma profundidade empregada no plantio comercial.

Nesses sulcos ou pontos de amostragem, distribuídos ao acaso nos talhões, são colocados 04 a 06 toletes de cana, de aproximadamente 30 cm de comprimento e imediatamente cobertos com uma leve camada de terra, conforme conduta da Usina, Destilaria ou Fornecedor.

A variedade a ser utilizada neste método deve ser suscetível ao nematoide. Sugere-se a colocação de estacas de bambu para facilitar a identificação do local onde foram enterrados os toletes.

Não há necessidade de efetuar qualquer adubação nesses pontos de enterrio de toletes, bem como não se deve empregar qualquer inseticida ou nematicida.

As raízes dos toletes e o solo coletados aos 60 dias após o plantio devem ser embalados juntos, em sacos plásticos resistentes, e, após a devida identificação, enviados imediatamente para um Laboratório de Nematologia.

No caso de não ser possível o enterrio de toletes, outro procedimento que pode ser usado é a coleta de solo e raízes da cultura existente no local. Para tanto, retiram-se 10 a 15 subamostras de solo, coletadas até a profundidade 25 cm, por área aproximada de 15 a20 hectares. Da mesma forma que no caso de enterrio de toletes, é analisada uma amostra composta por talhão, amostra originária do agrupamento de 10 a 15 subamostras. Junto com essa amostra com mais ou menos 50 g de solo deve ser enviada uma quantidade de aproximadamente 100 de raízes da cultura existente na área amostrada, podendo ser: pastagem, ervas daninhas, soja, milho, amendoim, crotalária, etc, cultura que deverá ser identificada na ficha de campo enviada ao Laboratório. Observação: neste segundo caso, se não houver urgência do resultado das amostras, pode-se utilizar a Metodologia Isca de Embalagem (ver metodologia neste site). Este método, como no do enterro de toletes, pede 45 a 50 dias para ficar pronto.

As raízes e o solo coletados devem ser embalados juntos (misturados) e colocados em sacos plásticos resistentes e, após a correta identificação, enviadas ao Laboratório de Nematologia, num período que não deve exceder a 04 dias. Durante este período, recomenda-se que as amostras sejam armazenadas na parte de baixo de uma geladeira comum (lugar onde se colocam legumes e frutas), ou em sala com ar condicionado ligado. As amostras podem ser enviadas via Transportadora ou pelo Correio (Via Sedex somente).

1. Instrumentos e materiais necessários: 01 enxadão, 01 balde, prancheta, saco plástico resistente, ficha de campo, etiqueta.

2. Coletar, ao acaso e a uma profundidade de 25 cm a 50 cm, uma porção de terra, colocando-a em um balde. Repetir esta operação 09 vezes (subamostras) em um talhão de ± 10 hectares. Misturar a terra (solo) coletada(o), e usar 1,0 L desta terra para a amostra.Observação: Caso queira, os itens de números 3 e 4 poderão ser realizados pelo Laboratório ANNA (recomendável). Neste caso, colocar 1,0 L da terra (solo) coletada(o) em uma embalagem (saquinho) resistente e enviar para o Laboratório ANNA. Seguir as instruções do envio de amostras a partir do item 6.

3. Misturar bem a terra e colocar em saco plástico (saco para plantio de mudas) com capacidade para 1,0 L. Plantar 02 a 03 mini toletes de cana com 01 gema cada, ou 02 mudas MPB. As variedades indicadas são aquelas suscetíveis aos nematoides parasitas.

4. Colocar etiquetas de identificação nas embalagens e datar.

5. Após 40 a 45 dias da semeadura, retirar a parte área, e o restante (terra e raiz), colocá-las em saco plástico resistente, numerar e enviar para análise.

6. Identificar cada amostra com um número que deverá estar relacionado na FICHA DE CAMPO (site).

7. Preencher devidamente a FICHA DE CAMPO (site), destacando que se tratam de iscas plantadas em embalagens (iscas de embalagens).

8. Enviar as amostras para o Laboratório de Nematologia, com a maior brevidade possível. Caso não seja possível, as amostras podem ser armazenadas na parte de baixo de uma geladeira comum (lugar onde se colocam legumes e frutas), ou em sala com ar condicionado ligado, por um período máximo de 04 dias. As amostras podem ser enviadas via Transportadora ou pelo Correio (Via Sedex somente).

Importante: Esta Metodologia de amostragem foi idealizada pelo Prof. Dr. Newton Macedo. Os níveis populacionais para cana-de-açúcar foram estudados e calibrados pelo Dr. Wilson R. T. Novaretti.
 

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